A implementação de vacinas eficazes contra a malária representa um marco importante na saúde global, oferecendo uma protecção vital em áreas endémicas todos os anos. Com base no sucesso do Programa de Implementação da Vacina contra a Malária no Gana, Malawi e Quénia — que demonstrou que, ao longo de 4 anos, cerca de 1 em cada 8 mortes por todas as causas foram evitadas em crianças pequenas elegíveis para receber a vacina RTS,S — a Organização Mundial de Saúde (OMS) aprovou a vacina RTS,S em 2021.
Em 2023, a OMS recomendou também a vacina R21/Matrix-M. Ambas as vacinas contra a malária demonstraram ser seguras e eficazes, reduzindo os casos de malária em mais de 50% no primeiro ano após a vacinação — um período crítico em que as crianças enfrentam o maior risco de doença grave e morte.
Com as vacinas contra a malária agora disponíveis e o aumento da oferta, os países da África Ocidental e Central – onde a transmissão sazonal é intensa – têm uma oportunidade crucial para liderar a implementação da vacina. O sucesso dependerá de uma liderança nacional forte, informada por evidências locais e apoiada por parcerias coordenadas para garantir que as vacinas chegam às crianças que mais precisam delas.
O desafio
O OPT-MVAC apoia a investigação de implementação liderada por programas nacionais de imunização, malária e farmacovigilância para adaptar as estratégias de implementação às necessidades locais e promover a aprendizagem entre países. Impulsionado pelos programas nacionais, o projecto fornece subsídios e assistência técnica para apoiar a monitorização da cobertura vacinal e o desenvolvimento, a implementação e a avaliação de estratégias para enfrentar desafios como a hesitação em relação à vacinação, as barreiras de acesso e outras lacunas na adesão.